sábado, 23 de maio de 2015

Sinal da vida

Um das primeiros aprendizados em Brasília foi o "Sinal da vida" para atravessar a rua. Sim, quem é de fora da capital federal estranha simplesmente acenar e, quase como mágica, os carros pararem para o pedestre atravessar na faixa. É difícil ver gente se arriscando nos meios dos carros, porque o sistema aqui funciona. 

Fiquei besta ao ver os carros parando da primeira vez. Claro que nem sempre os motoristas seguem a regra (vai ver que são de fora de Brasília, ou mal-educados mesmo), mas na maioria das vezes funciona. Já há quase um ano aqui, agora xingo mentalmente aqueles que não param quando faço o sinal.

Segundo me informaram, anteriormente bastava colocar o pé na faixa para indicar aos carros que parassem, mas era um pouco arriscado, então trocaram para o sinal da vida. Acho que essa é uma das coisas que os brasilienses mais se orgulham. Taí, ponto positivo para a cidade!




segunda-feira, 20 de abril de 2015

A chegada

Cheguei em Brasília na pior época do ano: a da seca. Trouxe duas malas grandes, com tudo que poderia precisar em um mês (porque voltaria em 30 dias para passar meu aniversário no Rio). No Santos Dumont, em um dos primeiros voos do dia, esperei três horas dentro da aeronave para decolar. Era a neblina que me atrasaria a chegada no cerrado. O voo estava lotado e, como comprei a passagem praticamente na véspera, não tive muita escolha para o assento. O resultado: acabei na cadeira do meio entre dois senhores. Grandes. Gordos. Pensei: "Putz, acho que estou começando com o pé esquerdo." Como já tínhamos embarcado, o jeito era esperar dentro da aeronave.
Era dia de jogo do Brasil pela 1ª fase da Copa do Mundo. Brasil x Chile, e era para eu estar no país das cordilheiras assistindo ao jogo junto aos hermanos da costa pacífica. Já tinha agendado um táxi, a dona do apê que aluguei o quarto (uma espécie de república) me aguardando e eu só conseguia me ver chegando justamente na hora do jogo, sem taxista e perdida em uma cidade em que não queria estar.

No fim das contas, decolamos após três horas do previsto, o taxista estava me esperando e, após conseguir achar o prédio, cheguei ao local onde viveria por quatro meses. Quase na hora do jogo. Fui bem recebida e convidada a assistir ao jogo na Fifa Fan Fest de Brasília, em tese, perto de onde moraria. Disse em tese, porque andamos "pra caraca", no ápice da tarde, na época da seca. (Nessa andança descobri coisas como o "sinal da vida" e me surpreendi com os sotaques, temáticas dos próximos posts). Me senti A desidratada. No fim do jogo, Brasil ganhou suado, retornamos ao apê e eu, sem comer decentemente até início da noite, fiz minha primeira refeição morando sozinha: uma bela lasanha congelada. E dormi como uma pedra.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Início

Nada melhor do que começar pelo início. Com o início da vida em Brasília (BSB) e por que decidi iniciar o blog. 

Já são seis meses (antecipei um pouco, na verdade serão no próximo dia 28/1) vivendo no planalto central. Já aprendi muita coisa e ainda estranho muita coisa. A ideia do blog é desafogar essas impressões, desabafar coisas irritantes, falar da vida fora de casa, divagar algumas vezes e também mostrar que BSB tem coisa boa (oi?). 

Brincadeiras à parte, o que mais quero mesmo é que essas situações possam em breve ficar na lembrança de uma carioca que voltou para sua "cidade-maravilhosa-salve-salve".